Friday, May 29, 2009

Vecchia Signora



O futebol tem aparecido neste blog muito mais do que eu próprio esperaria.

Actualmente, como ao resto do povo, vai sendo o meu ópio! Que fazer? São os efeitos do trabalho e da crise.

Como neste espaço já testemunhei, ando de “candeias às avessas” com o meu clube do coração, não só em virtude dos resultados como, essencialmente, do seu treinador e corpos dirigentes.

Assim sendo, tenho-me voltado para o meu “segundo” clube, a Vecchia Signora, a portentosa Juventus, que, diga-se, também anda a atravessar um mau bocado.


O namoro começou ao tempo do campeonato do mundo de 90, em Itália. Como adolescente que se prezasse, estava viciado! Até fiz a caderneta, que ainda hoje guardo. Via todos os jogos e, com especial atenção, os da selecção italiana. Não sei porquê, mas a forma cínica de jogarem e aquele azul das camisolas sempre me fascinou.

Há época chamaram-me especialmente a atenção dois jogadores, Roberto Baggio (mesmo apesar do cabelo e do brinquinho) e Salvatore Schillace (melhor marcador da prova). Este último era da Juventus e o primeiro foi contratado nesse ano, no que configurou a maior transferência do futebol italiano até àquele momento.



A seguir a estes vieram Vialli e Ravanelli, o inimitável “silver fox”, cuja cor de cabelo cada vez mais teimo em imitar.


O tridente ofensivo de ouro (Baggio, Ravanelli e Vialli)


E ainda, depois, coincidindo com a minha entrada na idade adulta e o “recuo” nas funções futebolísticas que ia assumindo (em clara decorrência da falta de treino e da amizade cada vez mais estreita com os copos), os “vendidos” Zambrotta e Cannavaro, este último de regresso aos bianconeri a partir de Julho de 2009.



Merecem também referência os indiscutíveis Platini e Laudrup, bem como os actuais Alessandro Del Piero, Nedved e, o meu predilecto e homónimo, Chiellini.



Com este elenco parece-me impossível ser de outro clube, especialmente com a mística deste gigante do futebol europeu. Escusado será dizer que tenho todo o equipamento e me preparo para ir a Turim ver o novo estádio.

Só espero que não se encontre com o Sporting na Liga dos Campeões. Aí é que me ia doer bem fundo!

Tuesday, May 26, 2009

Ma Cherie Charlotte


Charlotte Gainsbourg é filha de Serge Gainsbourg e Jane Birkin.

Tem que se reconhecer que o francês e a inglesa fizeram um belíssimo trabalho.





Esta actriz e “cantautora” tem aquele je ne sais quoi ao mesmo tempo evidente e inexplicável.




Qualquer fotografia ou frame seu, bem como a sua voz em qualquer das músicas do disco que editou, prendem a nossa atenção. Encantam-nos como se de uma sereia se tratasse.

Já a devem ter visto pelo menos no “The Science of Sleep” do Michel Gondry ou ouvido o seu álbum de chanson française “5:15”.







Não se pode dizer que seja uma “estampa”, mas há que concordar que é inesquecível!




Nunca gostei muito de “frenchys”, mas para esta abro uma excepção, muito, mas mesmo muito, especial.

King Cantona


You gotta like Cantona!

Jogador fabuloso, pesado o suficiente para ingressar no lote das lendas Maradona e Georgie Best, e detentor de um carisma nunca igualado no futebol euporeu contemporâneo.

É verdade que o famoso pontapé de Kung-fu serviu para solidificar o mito, mas o que é certo é que Cantona nunca deixou de o ser. A gola levantada, a camisola fora dos calções, o mau feitio, os golos inacreditáveis, e as suas famosas máximas, de fazer inveja a qualquer Séneca dos tempos modernos, equiparam-no a qualquer outro dos “deuses” do futebol, com direito a seita e tudo.

O bastião do Manchester United continua a não se fazer rogado: agora diz que, mais tarde ou mais cedo, vai ser treinador do United ou, no mínimo, da selecção inglesa.

Entretanto, e para não perder o ritmo, continua a sua carreira cinematográfica, nada mais nada menos, num filme do Ken Loach, em que é uma das personagens principais.

Aqui fica o famoso vídeo, o qual atesta os seus dotes no campo das artes marciais, bem como duas das suas mais famosas máximas.

“When the seagulls follow the trawler, it is because they think sardines will be thrown into the sea.”


“My best moment? I have a lot of good moments but the one I prefer is when I kicked the hooligan.”



Grande Cantona! Nunca perdoaste! E essa barba e barriga só te dão um ar mais vintage, que, como se sabe, é o que está a dar.

Long live Cantona!