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Muito se fala de Banksy mas ainda tanto fica por dizer. Não me parece que actualmente se faça "pop art" melhor que esta. Pena é que o seu trabalho em "canvas" esteja a ser açambarcado por estrelas de Hollywood que nada mais vêem que o hype, o que torna o acesso aos originais absolutamente proibitivo.
De todo o modo, é bom constatar que ainda há artistas irreverentes. Mas verdadeiramente irreverentes. Não daqueles que viram uma cadeira ao contrário, atam-na ao tecto, põem chill out a tocar e chamam àquilo uma "instalação".
Considero-me um erudito, mas não será o erudito dos nossos tempos aquele que sabe reconhecer a valia da arte pela arte, seja ela pop, barroca, impressionista ou surrealista? Não falo de "gostos", naturalmente. Esses cada um tem os seus. Mas eu consigo ver onde está a arte de Lygeti ou Kandinsky. Não gosto especialmente, mas reconheço o valor de cada um deles. Então porque não reconhecer o valor das pinturas de Banksy?
Eu, que sou um acérrimo crítico do graffiti, sou obrigado a vergar-me perante a imaginação e arte deste londrino que ninguém sabe quem é, além de que "gostava" mesmo de poder ter um na minha sala.
Na verdade, sabemos tudo o que há a saber. Assina Banksy e é genial. Esperemos que continue a decorar as paredes de cidades de todo o mundo. Que tal convidá-lo para passar uns tempos em Lisboa?
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