Antes de explorar o admirável mundo novo da canicultura, versão yuppie, não queria adiar a invocação de alguns dos retratos-tipo e modelos, reais e ficcionados, deste "yuppie living".
No que diz respeito a yuppies reais, terá de ser invocado, em primeira linha, o mítico "Avvocato Gianni Agnelli". O grande presidente do conglomerado Fiat e Ferrari, referência do mundo da gestão e "fashion icon", que encontra no seu neto, actualmente a dirigir os destinos do negócio de família, um digno e igualmente louvável seguidor. Não é por acaso que o segundo melhor blog na net, o propalado "The Sartorialist", lhe fez recentemente uma homenagem, reconhecendo-o como o "fashion icon" que efectivamente foi. Note-se, ainda, que o seu neto foi, há bem pouco tempo, nomeado como um dos " most stylish business men" escolhidos pela GQ.
No campo do imaginário, haverá que referir dois nomes incontornáveis do movimento yuppie: Patrick Bateman e Gordon Gekko. Se não sabe quem são escusa de continuar a ler, sendo que seria aconselhável que deixasse de visitar este blog. Certo é que a ambas as personagens são dadas algumas características pejorativas (instintos homicidas e inadaptação, a Bateman e ganância e falta de escrúpulos, a Gekko), mas não poderão deixar de salientar-se as inúmeras qualidades que encerra cada uma dessas personagens: estilo, confiança, charme, sucesso, bom gosto, entre tantas outras. Embora muitos os queiram ridicularizar, incluindo os respectivos autores, não conseguem anular, mesmo na ficção, as características yuppie que decretam a superioridade destas lendárias personagens. Quem não queria ter o estilo do Patrick Bateman? Quem não queria ter o poder do Gordon Gekko?
Enfim, reais ou ficcionados, são personagens que nos orgulham de sermos quem somos.