Thursday, June 26, 2008

Why Europeans Should be More Like the Turks

Ontem fui Turco durante 90 minutos!

Nunca pensei dizer uma coisa destas, mas a verdade é que mais depressa me identifico com os turcos do que com esses energúmenos dos alemães.

Há quem defenda a teoria – a meu ver desprovida de qualquer bom senso – de que é sempre melhor ser eliminado pelos campeões do que por quem fica pelo caminho.

Como é óbvio, não partilho de tal teoria. Sou mais do estilo de desejar que quem nos eliminou seja trucidado logo na ronda seguinte. Veja-se a UEFA deste ano em que, naturalmente, torci pelos russos do Zenit contra os padeiros e carpinteiros do Glasgow Rangers (que eliminaram o Sporting). Ontem, pois, estava entusiasmado a torcer pelos turcos, quase com a mesma intensidade que torci por Portugal nos ¼ de final.

Mas isso não ficou a dever-se apenas à minha fúria anti-germânica. Teve muito a ver com a garra e vontade que aqueles turcos devotaram ao jogo. Entraram a mandar da Alemanha (e de que maneira) mostrando que estão lá pelo querer dos seus jogadores e treinador, esse grande Fatih Terim, de cognome “O Imperador”.

O que é certo é que aquela equipa, mais que remendada, com apenas 14 disponíveis, fez o que a selecção portuguesa não soube ou não quis fazer. Queriam ganhar o jogo, custe o que custasse, e lutariam até ao fim das suas forças. Portugal deveria ter este espírito, mas não tem. Porquê, perguntarão? Por uma simples razão. É que parece que agora fazemos parte dos “grandes”. Já somos gente. Temos dos melhores jogadores do mundo, nos maiores e melhores clubes do mundo. Não precisamos de ter garra porque somos vedetas. Estamos mais preocupados com o próximo contrato milionário que vamos assinar e muito pouco com o sucesso da equipa.

É, pois, senão razoável que se torça pelos mais pequenos ou pelos que, sendo grandes, têm a vontade de ganhar dos pequenos.

Ontem, senti-me mais turco que português (passe a blasfémia), tudo porque senti que aqueles reflectiam melhor a minha raça e vontade. E durante 90 minutos, senti-me bem, por “estarmos” a dar uma lição a esses prepotentes alemães.

Agora só me resta continuar neste registo, eliminado o meu caro Bilic, sejam espanhóis ou russos, o que interessa é abater os alemães.

Parabéns à Turquia! Não faz parte da UE, mas ensinou-nos, em 90 minutos, de que massa deveria ser feito um cidadão europeu.


Tuesday, June 24, 2008

My 10 Essentials


No seguimento de uma rubrica que sempre acompanho, publicada no site men.style.com, aqui vos deixo os 10 artigos que considero, para mim, absolutamente essenciais. Aqueles sem os quais não imagino a minha existência.

Acreditem que é difícil escolher apenas 10 num universo quase ilimitado de opções, mas aqui ficam, pois, as minhas 10 escolhas, sem qualquer ordem de preferência:

1. Longchamp Bags


Basicamente, tenho uma tara por tudo o que no mundo da moda apelidam de “luggage”. Sacos, malas e quejandos são uma paixão e um “guilty pleasure”. Entre tantos tipos e feitios escolho, definitivamente, os sacos. Poderão dizer que têm algo de feminino, mas eu não sou obrigado a concordar. Pelo contrário, quando a dimensão é avantajada, considero-os mesmo muito masculinos, dando ao respectivo utilizador um toque de chic e sofisticação moderna e europeia. Uma espécie de “style power”.

Entre os diversos sacos (e tenho tantos, de todas as cores, materiais e feitios, e para todas as ocasiões) tenho que escolher os sacos da Longchamp. Reconheço que não são uma escolha óbvia. Essa seria a Gucci e a Louis Vuitton. Mas nunca fui grande adepto dos “logos” descarados e escarrapachados (Convém lembrar que, em meu entender, o luxo deve ser uma experiência pessoal e não exibicionista. Para o exibicionismo há outras coisas) e os preços também não são lá muito convidativos.

A casa parisiense Longchamp é, sem dúvida, a resposta mais eclética, low profile e a preços “relativamente” (com muitas aspas) acessíveis.

Deixo-vos mais alguns exemplares da minha colecção…



2. Von Zipper Rockford Morning Wood Sunglasses


Adoro óculos de sol! E com a luz de Lisboa tenho um pretexto para os usar quase todo o ano. São um acessório essencial e um dos mais “cool” de que dispõe o género masculino. Tenho inúmeros pares, também de todas as cores e feitios. Mas atenção que nem toda a gente pode usar qualquer tipo de óculos. É algo muito mais pessoal do que à partida parece.

Talvez precisamente por isso a minha escolha, também aqui, não seja óbvia. Poderia ter escolhido uns Persol, uns Ray Bans ou uns Tom Ford. Mas a verdade é escolhi estes Von Zipper. Porquê? Porque acho que são os que mais estilo me dão. Estou a pensar comprar um monte deles, especialmente porque estou sempre a parti-los ou a perdê-los.

3. J. D. Salinger’s Franny & Zooey


Porque é, provavelmente, o meu livro preferido de todos os tempos, e não imagino a minha vida sem ele. Leio e releio e nunca me canso.

De resto, já falei sobre ele neste blog. Esta, sim, é uma escolha mais do que óbvia.

4. The Beach Boys’ Pet Sounds


Como óbvia, também, é a escolha da obra prima dos Beach Boys e um dos melhores discos de sempre. Esse Pet Sounds que está comigo em todo o lado. Seja em CD, no iPod ou na minha cabeça. Nunca me falta. Preciso de o ter sempre à mão.

Foi o primeiro disco que dei a ouvir ao meu filho recém-nascido. Para alguém que tem cerca de 3000 discos isso só pode ser entendido como um elogio.

5. Montblanc Meisterstruck Platinum Series e Fisher Bullet Space Pen


Porque, felizmente ou infelizmente, a minha profissão assim o exige, e uma vez que me recuso a ser um total escravo dos computadores, preciso de ter sempre à mão as minhas canetas.

De acordo com “o meu amigo” Lapo Elkann, um homem, em termos de canetas, (eu sei que soa um bocado esquisito) ou é um “Montblac guy” ou, na versão portuguesa, um “Bic guy”. Eu sou uma espécie de misto, não dispensando o uso diário da minha Montblanc Meisterstruck de platina (rollerball) e, para quando a situação exige, da minha esferográfica da Fisher, a “bullet space pen”, que, como é sabido, até escreve “de pernas para o ar”.



6. Apple Products


Como reverso da escolha anterior, e porquanto, nos tempos que correm, não posso dar-me ao luxo (esse verdadeiro luxo) de renunciar ao uso das novas tecnologias, tenho, necessariamente, que mencionar nesta lista os meu companheiros tecnológicos da empresa de Steve Jobs. A Apple (ou os Mac – para quem não os quiser confundir com a produtora dos Beatles) revelou-se-me já há uns anitos (bem antes da febre iPod) e, desde aí, não concebo confiar em qualquer outra marca de aparelhómetros informáticos.

Tenho iMac…



Tenho Powerbook … (qualquer dia cedo ao Macbook Air)



Tenho iPod…



E já estou na lista de espera para o lançamento do iPhone 3G.




7. Biotherm’s Shaving and Aftershave Creams



Detesto fazer a barba. É um processo física e psicologicamente penoso, mas como gosto mais de me ver “clean shaven” tenho mesmo que passar por ele.

Para minorar o desgosto recorro aos meus companheiros de todos os dias, são da Biotherm, um para antes e outro para depois, e eles nunca me deixaram ficar mal.


8. Timberland’s Men's Classic 2 Eye Boat Shoe



Uso-os desde o Secundário. Até hoje nunca me abandonaram. Já tive inúmeros pares (a maior parte deles reformados devido ao prolongado uso), azuis e castanhos, mas sempre de sola branca. São daqueles clássicos que nunca passam de moda e ficam bem em qualquer look mais descontraído.

São a minha escolha frequente para os dias de Sol, que, em Lisboa, apanham sempre, não só o Verão, mas também grande parte da Primavera e do Outono.

E são, sem dúvida, os sapatos mais confortáveis que já calcei.

Só me resta rezar para que a Timberland não deixe de os produzir.


9. Pocket Squares


Lenços de lapela são a minha imagem de marca e, por isso, não podiam faltar nos meus “10 Essentials”.

Não concebo vestir um blazer sem por um na lapela. Não sou demasiado meticuloso. Pego neles e enfio-os no bolso da lapela. Se pensar muito em como dobrá-los não vão ficar a meu gosto. É largá-los e eles ganham a sua própria vida.


De seda ou linho – ocasionalmente, algodão, nos looks mais casuais –, de várias cores e com as mais variadas formas de apresentação, não os dispenso. Nunca. Já se tornaram parte de mim.

Last… but not least,


10. Meister’s Engraved Gold Wedding Ring


A minha aliança! Nunca a tiro do dedo, nem mesmo na praia, o que faz deste acessório – que é muito mais do que isso – o mais essencial de todos os essenciais. Tal como a minha mulher, que me atura quando algum dos ditos “essenciais” estão desaparecidos ou não estão exactamente a meu gosto.


Estes são, pois, os meus “10 Essentials” do momento. Se calhar amanhã já estão desactualizados. Mas, como já vi numa campanha publicitária qualquer, parece que o que interessa é viver o momento. E, aliás, quando se justificar, cá estarei para fazer a correspondente actualização.


Para fechar, uma menção honrosa para a minha adorada “Bimby”, a qual revolucionou as minhas aventuras gastronómicas. E nada de comentários maldosos, pois um yuppie que é yuppie tem que se saber cozinhar. Com ou sem Bimby.

Monday, June 23, 2008

Au Revoir, Mon Cher Albert

Ontem foi um dia de luto para a literatura universal.

Foi com grande pesar que descobri hoje, pela imprensa, ter falecido, durante o dia de ontem, com 94 anos, um dos meus escritores de estimação, Albert Cossery.


Nascido no Egipto e residente em Paris desde 1945, onde viveu sempre no mesmo hotel, o modesto “Louisiane”, empilhando no seu quarto apenas roupas e livros, não tinha nada a que pudesse chamar “seu”, para além dessas duas das três coisas a que dava verdadeira importância. A terceira, talvez a mais preciosa, era o seu ócio, do qual sempre fez a merecida apologia.

Não espanta, pois, que este colosso da literatura, incompreensivelmente pouco conhecido entre nós, tivesse escrito apenas 8 livros em mais de 60 anos de carreira.

Como ele deliciosamente confessava, não escrevia mais de uma linha por dia, e, isso, somente nos dias em que não tinha nada melhor para fazer. Melhor, no seu entender, era vestir-se a rigor, qual verdadeiro dandy de tez egípcia e língua francesa, e deter-se nas esplanadas ou passear-se vagarosamente pelo seu bairro, Saint-Germain de Prés.

Não precisava de mais, apenas que o deixassem entregue à sua observação, à sua meditação, em suma, à sua preguiça contemplativa.



Essa preguiça era Cossery, e, mesmo só o conhecendo pelos seus livros e entrevistas, sei que vou sentir falta dela.

Quem sabe poderei eu tornar-me num discípulo deste Albert, para quem importe mais o que deixa de se fazer do que aquilo que se faz.

Não será esta a simplicidade a que venho aspirando?

Vou continuar a ler-te, Albert, à espera que a resposta esteja nas tuas solitárias e demoradas linhas, esperando, sinceramente, que, estejas onde estiveres, possas perpetuar essa preguiça que muitos de nós, os que por cá ficamos, tanto invejamos.


The Great Defenders


Especialmente depois do jogo de ontem, entre Itália e Espanha, impõe-se reconhecer que os defesas são os mais importantes jogadores no futebol moderno. E não estou sozinho nesta opinião, pois já o Mister Mourinho a defendeu várias vezes.

Compreendo que o homem do jogo escolhido pela UEFA tenha sido o guarda-redes Casillas (a verdade é que o rapaz defendeu dois penáltis), mas quem viu jogar o Puyol e, especialmente, o Chiellini tem que fazer a vénia aos defesas centrais.

Assim, e no seguimento do meu post sobre o Bilic, essa grande referência do centro da defesa croata, deixo-vos as minhas escolhas para os defesas centrais do momento, aqueles que eu muito gostaria de ver no meu Sporting, mas para os quais, infelizmente, não há “verba”.

Paciência! Pelo menos podemos deleitar-nos com uns vídeos no YouTube, que aqui publico, pedindo, desde já, desculpas pela música manhosa que os acompanha, mas que, por motivos de incapacidade tecnológica, não consegui suprimir.


Fiquem então com os grandes:

Nemanja Vidic (Manchester United/Sérvia)

Giorgio Chiellini (Juventus/Itália)






Thursday, June 19, 2008

Men Will Always Be Men


Sinto que preciso de partilhar este conjunto de fotografias que saiu recentemente na GQ (US version) de Julho, num artigo intitulado “Girls!? In their summer dresses!!!”.

Achei piada às fotografias e, especialmente, às expressões do actor (in casu, modelo), Reshad Strik.
Deleitem-se!!!


Monday, June 09, 2008

Dear Bilic


Porque sou fã de futebol mas não fanático (isso, só pelo Sporting), apenas ontem descobri que uma das minhas mais queridas personagens do mundo da “bola” é o seleccionador da Croácia.

O grande Slaven Bilic! (pronuncia-se "Bilitch")



Este defesa da selecção Croata, que jogou no Everton e no West Ham, entre outros clubes, nunca foi uma estrela maior do futebol internacional mas fez as minhas delícias no Euro 96.



Não sei bem explicar porque me deslumbrou a criatura. Minto! Reconheço que foi o look hooligan/terminator que gosto de ver nos defesas centrais (actualmente o meu preferido é o sérvio Vidic, do Manchester United, e que merece um post autónomo), o facto de usar o n.º 6, e, acima de tudo, ter ficado na história por, precisamente nesse Euro 96, no jogo contra a Alemanha, ter, propositadamente, pisado a cabeça de Geremi, e não ter sido expulso. Foi, para mim, o momento definidor desse Euro – que muito gostaria de ver repetido em 2008 pelos pupilos do rapaz – e que deixou para a posteridade um dos meus impropérios favoritos para gritar nos estádios: “pisa-lhe a cabeça” (esta paga direitos de autor).



Já procurei no YouTube mas, lamentavelmente, não há registo desse feito em lado nenhum.

Qual não é, pois, o meu espanto quando reparo que este mito da minha juventude está à frente da selecção Croata, que é daqueles “underdogs” pelos quais sempre torço.

Gostava, sinceramente, que a Croácia chegasse à final com Portugal e que, pelo caminho, no Croácia-Alemanha, o Bilic se lembrasse de tempos idos e pisasse a cabeça de uns quantos boches, Klose e Podolski incluídos.

Grande Bilic, encontrei a minha segunda selecção preferida no Euro 2008.