Friday, January 12, 2007

Style Icons - Steve McQueen

Por alguma razão lhe chamavam "The King of Cool". Quem é que a crescer não queria ser como o Steve McQueen? Eu, pelo menos, desde que vi o Bullit fiquei fascinado com o cool look do Steve. A partir daí tentei ver todos os filmes dele, desde o Great Escape, The Getaway, Cincinatti Kid e tantos outros que me deixavam literalmente colado ao ecrã. Não era tanto pelos filmes mas sempre pelo Steve. Até consegui encontrar aquele episódio do Hitchock em que contracena com o Peter Lorre.
A conclusão a que cheguei, então, e que agora confirmo, é que este foi um dos actores mais cool que alguma vez foi captado em película. E o mais impressionante é que a coolness não se cingia às personagens nem ao cinema. Ele era um exímio condutor, tanto de carros como de motas, chegando mesmo a participar em diversas corridas, incluindo as 24 horas de Le Mans. A Tag Heuer até editou um relógio, da linha Monaco, em sua homenagem.
Para além disso foi um dos discípulos hollywoodescos de Bruce Lee, tendo sido, ainda, ao lado de James Coburn, um dos pallbearers do mestre chinês no funeral deste.










Lembro-me de ter visto o Bullit e imediatamente a seguir exigir os meus pais que me comprassem uns sapatos de camurça tal como os de Frank Bullit e subissem a bainha de todas as minhas calças.

Pelo caminho foi encontrando algumas diversões bem menos saudáveis que os carros e motas, entre as quais a cocaína e o álcool, que o levaram à prisão e, inevitavelmente, à morte, mas que lhe permitiram proferir uma frase lendária, ainda hoje muitas vezes recordada, "I may be screwed up but I'm beautiful". Se isto não é a essência do Cool não sei o que será.





Tinha as suas manias e passou por momentos mais obscuros mas certo é que ninguém se vai esquecer de Steve McQueen, o actor, o style icon, "The King of Cool".


Thursday, January 04, 2007

Class of 2006 - update



Fora do TOP publicado no post anterior, por não ser bem um álbum novo mas também não ser uma reedição, merece uma menção honrosa o LOVE dos THE BEATLES. Produzido e remisturado pelo clã Martin (George and Giles, pai e filho) dá um nova dimensão àquelas canções que sempre nos acompanham. É sem dúvida um dos melhores albuns de 2006.
Está reposta a verdade.

Class of 2006

Seguindo o repto lançado no blog de um caro amigo, aqui deixo a minha lista dos melhores albuns editado no ano de 2006. Ano fraco, no geral, mas com as suas pérolas.




1.º - ARCTIC MONKEYS - Whatever people say I am, that's what I'm not

(simplesmente porque não consigo deixar de o ouvir e sempre que o ouço parece a primeira vez. Salvaram o pop/rock de guitarras. Essa é a verdade. Perfeito para se ouvir no trânsito em Lisboa. Até se esqueçem os engarrafamentos)

2.º - MATT ELLIOT - Failing songs

(Se é certo que o anterior "Drinking songs" é melhor - sem dúvida o melhor álbum de 2005 - este segue-o muito de perto. Deve ouvir-se como Lado B e pode ouvir-se vezes e vezes sem conta sem nos cansar por um minuto que seja)




3.º - TOM WAITS - Orphans: Brawlers, Bawlers and Bastards

(O inimitável Tom Waits está de volta às origens. São a banda sonora para o universo desviante em que imagino o Tom Waits. E isso é suficiente para ouvir os 3 cd's sem parar)



4.º - THE PIPETTES - We are ... The Pipettes

(Já escrevi sobre este álbum num post anterior. Palavras para quê. Fazem-me lembrar as Supremes e dançar e cantarolar enquanto passeio Don Camões. São o meu guilty pleasure)



5.º - TV ON THE RADIO - Return to cookie mountain

(A escolha independente do ano. Multiraciais e multiculturais. São pop, são rock, são punk, são dub, são soul. Tudo junto acaba por soar muito melhor do que seria de esperar)


A melhor reedição: THE BEACH BOYS - Pet Sounds: 30th Anniversary Edition

(Sobre este nem vale a pena dizer nada. Talvez só que é o melhor álbum de todos os tempos)




A melhor compilação: VARIOUS - Rogue's Gallery

(Pôr Bryan Ferry, Nick Cave, Rufus Wainwright e muitos outros a cantarem antigas canções de piratas é simplesmente brilhante, tal como o resultado final)



A maior desilusão: THE FIERY FURNACES - Bitter Tea e Rehearsing my choir

(Depois dos magníficos Blueberry Boat e EP esperava muito mais. Fiquei mesmo desapontado)


E assim termina o "Especial Melhores Albuns de 2006". Se tiverem uns melhores que estes avisem. Estou sempre aberto a novas sugestões.



Tuesday, January 02, 2007

Baby, It's Cold Outside



Estou de volta após a quadra natalícia.

Não posso dizer que tenha tido assim tantas saudades, mas a principal razão para o afastamento ficou a dever-se a umas curtíssimas férias acompanhadas da completa trituração do meu carregador do Powerbook pelo incontornável Don Camões. Resumindo ... estive em família e sem portátil.

Goste-se, acredite-se, suporte-se, ou não, o Natal, certo é que se trata da festa que mais propicia a reunião familiar, algo que, ao contrário do que talvez fosse de esperar, muito prezo e respeito. Na verdade, adoro o Natal. Não por se configurar, actualmente, como uma época de consumismo exacerbado, o que, curiosamente, muito me desgosta (a verdade é que tenho o resto do ano para ser consumista), mas, antes pelo contrário, por nos permitir estar em convívio com aqueles que nos são mais próximos. Podemos conversar com a família sem estarmos a pensar no julgamento ou na reunião da manhã seguinte e enquanto degustamos uma boa rabanada ou encontrar-mo-nos com os amigos que raramente vemos por imposição de um regime profissional ou social espartano sob o pretexto de "termos uma prenda para lhes entregar".

Enfim, odeio o trânsito, as filas, os aglomerados, o calor insuportável das lojas mas adoro o Natal, especialmente porque, para mim, é exactamente o contrário de tudo isso. Torna-se o meu momento de pausa, que me permite reflectir sobre o ano que finda e o que se avizinha e, ao mesmo tempo, resgatar o Christmas album do Dean Martin ou do Phil Spector e ouvi-los enquanto ponho em dia a conversa com toda a família e vejo o Don Camões atrás das nossas novas e very Dutch "racing nuns".