O título do presente post é inspirado num anúncio de uma pequena bolsa de cigarros que imitava um maço de Marlboro e no qual se podia ler, em vez do já tradicional "Smoking Kills", a fantástica frase "Smoking makes you thin and beautiful". Sensacional! Nada mais acertado. Tenho que comprar uma coisa dessas.
Infelizmente, as SS anti-tabágicas (sim, estes fachos fazem as verdadeiras SS parecem um bando de meninos de coro) não se ficaram pelas mensagens pseudo-intimidatórias nos maços de tabaco. Agora em Portugal, e um pouco por todo o mundo dito "desenvolvido", conseguiram reconduzir a figura dos fumadores a parasitas da sociedade e a prisioneiros de campos de concentração. Se é certo que não nos juntam todos em Auschwitz, no Tourel ou no Campo Pequeno, obrigam-nos a ficar à porta dos cafés, dos centros comerciais, dos locais de trabalho, etc., etc. São uma espécie de micro-campos de concentração em que os seres inferiores são colocados para morrerem lentamente e sem ferir a susceptibilidade das pessoas saudáveis, esses homo sapiens ideais que não fumam, não bebem, comem coisas saudáveis e, na verdade, só nascem, reproduzem-se e morrem, a maior parte das vezes de uma qualquer condição que deveria afligir um dos parasitas que sempre fumou, bebeu e comeu o que lhe apeteceu. A ironia é tramada! "God moves in misterious ways"!
Na verdade, estou à espera que os governos da UE começem brevemente a aprovar legislação no sentido de obrigarem os seres inferiores (sim, esses mesmos, os fumadores) a usarem uma estrela amarela na lapela. Eu até a usaria com todo o gosto, desde que fosse a condizer com a gravata. Talvez uma caveira, assim parecíamos uns piratas com corte Saville Row o que dava um certo glamour à coisa.
Seja como for, somos escorraçados e perseguidos, olhados de lado e criticados. Eu não me importo muito com as críticas, até me dão um certo gozo. Sempre gostei de minorias. Maiorias são para os rebanhos, de vacas, cabras e ovelhas. E tantas que há por aí..., i.e., vacas, cabras e ovelhas. A maior parte em cargos de responsabilidade e poder. Um desses rebanhos é, precisamente, o dos fundamentalistas antitabagismo. Esses mentecaptos ordinários, burros e aldrabões. Eu gostaria de saber o que fariam estes senhores se deixasse de haver fumadores. Iriam para o desemprego e morreriam de pneumonia a dormir pelas ruas. Ou talvez se virassem para banir o alcool, e depois os fritos e depois o chocolate até comermos todos umas pastilhas de concentrados vitamínicos e bebermos água mineral.
Esta referência faz-me recordar uma cena do filme "Thank you for smoking". Pensada como um gag, mas que diz muito sobre o que move, na vida real, esta gentinha. Estamos, na verdade, perante fundamentalistas que esperam que mais pessoas morram de cancro do pulmão para justificarem os seus orçamentos e assegurarem os seus empregos. Psicólogos (isto é uma verdadeira profissão?), psiquiatras, políticos, etc.. Estão todos à espera que morram mais fumadores. Quantos mais morrerem melhor. E Deus os livre de acabarem com as tabaqueiras, pois, correm o risco de ir parar ao desemprego. Hipócritas é muito meigo para apelidar esta maralha.
Também li recentemente no Expresso um inspirado comentário de um dos melhores colunistas portugueses da actualidade, o João Pereira Coutinho. A propósito da nova proposta de lei, em discussão no Reino Unido, que determinaria que os fumadores seriam excluídos do SNS lá do sítio (o "NHS"), este ilustre colunista dizia que, assim sendo, porque hão de pagar impostos os fumadores. Se não têm as contrapartidas associadas à sua "humilde" contribuição, então podem mandar as Finanças àquela parte...
O cenário pode ser exagerado mas o princípio que se lhe encontra subjacente não merece reparo. E não vai ser só o Estado a sofrer deixando de arrecadar receitas através do imposto sobre o tabaco. A economia no seu todo vai ser penalizada. Eu, pela parte que me toca, vou deixar de ir a cafés e bares, prefiro beber em casa a fumar o meu cigarro ou charuto. Vou deixar de ir a restaurantes, prefiro ficar em casa a exercitar os meus dotes gastronómicos. Vou deixar de entrar em centros comerciais, tenho sempre o comércio de rua, a internet e o meu alfaiate nunca irá impedir que se fume na sua alfaiataria. Afinal são só vantagens. E assim não corro o risco de me cruzar com nenhum membro desta nova SS, o que é excelente porque sempre tive problemas em relacionar-me com macacos e nunca gostei de palhaços. E, assim, os incentivos para ir viver para a Argentina ainda são maiores. Enfim, parece que devo mesmo agradecer ao governo e à UE esta oportunidade que me estão a conceder!
Uma coisa é certa, não quero e não vou deixar de fumar. Se algum dia quiser será por minha exclusiva e inteira vontade e iniciativa, e se me chateiam muito, compro um monte no alentejo e encho aquilo de tabaco. Tudo para consumo pessoal. E se calhar, para me ir adiantando, arranjo para lá um alambique e asseguro o consumo de alcoól para as próximas (poucas, segundo os iluminados) décadas de vida que me restam.
Como é que alguém no seu perfeito juízo pode defender a manipulação dos desenhos do Morris para substituir o cigarro por uma palha na boca do Lucky Luke. É um sacrilégio! Que fume quem quiser fumar, o que, aliás, tão bem se compreende, pois além de ser muito, mas muito, bom, dá-nos o estilo destes senhores...
E agora, quem é que se atreve a dizer que fumar mata? Estão enganados, fumar torna-nos eternos, além de nos fazer ficar "THIN AND BEAUTIFUL" como profeticamente nos lembra aquela insignificante bolsa de cigarros!!!