Tuesday, November 28, 2006

Modesty

Recentemente tem-me vindo à ideia, com "demasiada" frequência, uma "quote" que há cerca de 10 anos li numa entrevista publicada no já extinto "Melody Maker", jornal de referência para os melómanos.
O entrevistado era o vocalista de uma pequena banda da vaga Britpop que penso terá deixado de existir: os Gene.
Certo é que no meio das repetitivas perguntas e respostas características das entrevistas a "estrelas" rock uma frase se destacou e, desde então, tenho-a aplicado amíude na minha vida quotidiana.
"Modesty is the new pretentiousness"
Para mim é um dos melhores pensamentos da nossa era, sobre uma temática que me é, aliás, especialmente cara.
Quem imaginaria que o vocalista dos Gene nos pudesse presentear com tal "pérola"?

Friday, November 24, 2006

Bond


Estreou ontem o novo "James Bond". A prequela da saga, Casino Royale, já antes satirizada com David Niven no papel do espião e banda sonora de Burt Bacharach [Burt, não me esqueci da tua merecida homenagem!]. Agora, protagonizada pelo outsider Daniel Craig, depois de imaginada por Quentin Tarantino, ao qual, alegadamente, roubaram a ideia de uma nova versão do filme já considerado de culto, é primeira página dos jornais nacionais. Estranho, especialmente considerando que já ninguém ligava às novas aventuras do 007!
Não vi ainda esta nova versão, sendo certo que não a perderei, isto, por duas razões essenciais:
A primeira, porque, depois do Sean Connery, deixei de ver o James Bond como uma personagem, passando a vê-lo, a cada novo filme (sem perder qualquer um deles), como uma ideia. Consigo reconhecer que Pierce Brosnan é melhor que George Lazenby ou Timothy Dalton, mas tornou-se indiferente qual o actor que desempenhava o papel. Era um espião do MI6 a quem insistiam em chamar James Bond, mas que, na verdade, não o era.
E isto dita a segunda razão que impõe o visionamento do novo Casino Royale. Segundo consta, este James Bond está mais próximo da "ideia" que o senhor na fotografia infra criou e, assim, mais próximo do "definitivo James Bond", o de Sean Connery. Parece que é frio e brutal, egocêntrico e megalómano, narcissista e presunçoso. Parece que finalmente teremos um Bond a sério, como não víamos desde os longíquos filmes da década de 60.
Estou igualmente curioso acerca da "title song", sempre envolta no mais absoluto segredo e julgada por comparação com todas as anteriores, Tom Jones incluído. Desta vez cabe a Chris Cornell. O dos Soundgargen. Gosto da voz e já provou que tem songwritting skills. Penso que se adequará bem ao ambiente do filme. Mais frio e negro.
De todo o modo, como em qualquer filme, só vendo... Certo é que estou bastante esperançado em poder voltar a dizer que sou um fã do 007. Se o espião é, presentemente, Daniel Craig, ou Clive Owen, ou até Jude Law, pouco importa. Desde que nos devolvam o Bond de Ian Fleming.
Sir Ian:

O verdadeiro Bond, inimitável:



O meu preferido:

May the Force be with you


Para marcar o Halloween que foi recentemente celebrado - algo a que, na verdade, não dou qualquer importância - e para assinalar, igualmente, a abertura da exposição "Star Wars" no Museu da Electricidade, ficam umas fotografias que não posso deixar de partilhar. Especialmente este Yoda, que achei perfeito. Tenho que começar a pensar numa máscara que o D. Camões possa usar no próximo Carnaval.





Friday, November 17, 2006

Some Came Running


Tenho andado arredado destas andanças por motivos profissionais (inacreditavelmente obrigaram-me, a mim, a trabalhar), algo contra o que terei naturalmente que rebelar-me. Assim, e ainda que por esta hora devesse estar a caminho do meu jogo de squash, não me faltasse o parceiro e o trânsito não estivesse o caos de que me apercebo através das buzinas que ouço lá fora, refugio-me, para tal rebelião, na minha nova qualidade de blogger, optando por deixar de lado as minhas novas (e muitas) aquisições (sim, porque nem sequer o trabalho refreia o meu ímpeto consumista), e trazer-vos a referência a um filme que muito apreciaria poder estar a ver neste preciso momento.

É um dos meus filmes favoritos. Chama-se "Some came running" no original, imbecilmente (como vem sendo habitual) denominado, na versão portuguesa, "Deus sabe quanto amei".


Todos os epítetos serão escassos para fazer jus a todas as qualidades que encerram estes cerca de 120 minutos de fita.

Baseia-se num romance de James Jones (o do "From here to eternity"), foi magistralmente realizado pelo Vincent(e) Minelli e protagonizado por Frank Sinatra, Shirley Mclane e Dean Martin.

Sinceramente, não me apetece entrar em grandes considerações filosóficas sobre a sua temática ou sobre a cinematografia, que, contudo, devo dizer, me preenchem, tanto uma como outra, totalmente.

Escusado será dizer que, como quase todos os bons filmes, não foi editado no mercado de DVD em Portugal.

Queria apenas aconselhá-los a vê-lo. Logo que possam, pois não sabem o que estão a perder. A última vez que tive esse privilégio foi na Cinemateca, saí do trabalho a meio da tarde para o ver, penso que pela quinta vez. Quando saí queria voltar a vê-lo novamente. E ainda que tal não fosse possível sempre poderia, como fiz, rememorar os pormenores que tão frescos se encontravam na minha mente. Certo é que, nesse dia, fui para casa mais feliz. Não só por ter tido a oportunidade de ver o filme novamente mas, acima de tudo, por vê-lo, pela quinta ou tregésima vez, me fazer sentir melhor comigo mesmo.

Há duas semanas passou na Gulbenkian e eu, por manifesto comodismo, não fui ver. Agora tenho a sensação que cometi um erro crasso, de palmatória mesmo. Tenho a certeza que me teria sentido muito melhor do que em casa a ver revistas de moda e a jogar PES na Playstation.

Friday, November 03, 2006

My New Lacoste



Para me recompor do choque de não ter ganho o Euromilhões, bem como de ter que cancelar a encomenda do meu novo Vanquish, fui comprar uns sapatos: os meus novos Lacoste.
O design em apreço foi popularizado, aqui há uns anos, pela Clarks, com o seu modelo "wallabee", que, por sua vez, se tornou universal após ter sido utilizado (na versão preto) pelo Richard Ashcroft, vocalista dos The Verve, no afamado teledisco de "Bittersweet Symphony".
O design foi evoluindo e parece que este é o ano dos "wallabees". Todos têm a sua versão: Timberland, Gant, Ralph Lauren, Tommy Hillfiger, Ben Sherman, etc. Excusado será dizer, claro, que os Lascoste (os meus) são, de longe, os mais bonitos.
Abaixo fica um registo da reconfortante experiência de chegar a casa com uns sapatos novos.
Brevemente partilharei os meus novos Hugo Boss (Sim, já andei a gastar o prémio do Euromilhões mesmo antes de ter sido premiado e, na verdade, ainda antes de o mesmo ter sido sequer sorteado).




My New Obssession (III)

Para assinalar os 5 meses que hoje celebra o Don Camões, aqui ficam mais umas fotos do menino dos nossos olhos. Cada vez mais crescido e, bem assim, cada vez mais mimado, não deixa de nos surpreender: ontem, precocemente, alçou pela primeira vez a perna e já vai obedecendo, sob o olhar embevecido do dono, aos seus primeiros "mata! mata!".



Mesmo no meio de motivos florais afirma-se, sem sombra de dúvida, como o mais yuppie dos cães. Agora, com todo esta chuva, só precisa de uma gabardine da Burberry. E talvez de um chapéu da Gucci.