Descobri hoje no Público os nomes das “personalidades” que serão agraciadas no próximo 10 de Junho pelo Presidente da República.
Já não me deveria espantar, mas a cada ano que passa sinto-me mais revoltado e, ao mesmo tempo, convencido de que o país em que vivemos não passa de uma versão tragicómica da República das Bananas.
Espantem-se, então, com a lista de condecorados:
Almeida Santos (Grã-Cruz da Ordem de Cristo) – Até pode ser que o homem mereça. Mais pela resistência do que por qualquer outra razão. De todo o modo, só me lembro dele como o velho caquéctico que mandava calar os deputados enquanto foi Presidente da AR. E isso também eu conseguia fazer.
Nascimento Rodrigues (Grã-Cruz da Ordem de Cristo) – Não percebo como é que o Provedor de Justiça pode receber uma condecoração. Se há cargo em Portugal em que não se faz absolutamente nada e se recebe bem (vulgo, “o maior dos tachos”) é o de Provedor de Justiça.
Marques Mendes (Ordem do Infante) – Em primeiro lugar, põe-se o problema de a medalha ser maior do que o próprio medalhado. Fora essa evidente dificuldade, não consigo descortinar onde está o desempenho em prol da nação que justifique a condecoração de tão insípida “personalidade”. Será que tem alguma coisa a ver com o facto do dito cujo ter sido ministro do Prof. Cavaco, agora PR? Não acredito! Deve ser para agradar a essa silenciosa minoria dos “anões com deficiências na fala”.
Rui Horta (Oficial da Ordem do Infante) – Parece que é um coreógrafo (seja lá o que isso for). Eu nunca ouvi falar de tal personagem, mas tenho a sensação de que os coreógrafos portugueses deviam ser abatidos e não condecorados. Excepto, talvez, o Felipe La Féria, que é o maior coreógrafo de todos os tempos e devia ser acarinhado e mimado pela nação. Deviam dar-lhe a medalha (ou talvez ele preferisse uma viagem a Elvas, “all expenses paid”).
Vítor Baía (Oficial da Ordem do Infante) – Pondo de parte qualquer predilecção clubística, não me parece, salvo melhor opinião, que se justifique condecorar um guarda-redes de futebol. Ainda se fosse ponta-de-lança, mas guarda-redes!?!. Esses gajos são aqueles que são escolhidos em último lugar na escola primária e são obrigados a ficar “à baliza”. Ainda por cima, o gajo jogou no Barcelona, pelos espanhóis. Isso devia desqualificar qualquer um para receber uma medalha no Dia de Portugal. Só encontro uma explicação, o Cavaco quer ver o decote da namorada do homem (que é ex-cabeleireira ou ex-stripper, ou uma coisa desse género).
Agora fora de brincadeiras, lanço aqui o repto a todos os agraciados com estas condecorações no passado e que as tenham (mesmo) merecido, a procederem à sua devolução ao PR no próximo 10 de Junho. Em alternativa, poderão atirá-las à cabeça do Vítor Baía e “fazerem-se” à respectiva namorada.
Se estes gajos as recebem quem é quer ter uma? É ou não é verdade?
A solução está à vista: façam-me Presidente da República e a imbecilidade pára aqui. Prometo retirar todas as condecorações até aqui atribuídas e condecorar-me apenas a mim próprio.
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