Não posso dizer que tenha tido assim tantas saudades, mas a principal razão para o afastamento ficou a dever-se a umas curtíssimas férias acompanhadas da completa trituração do meu carregador do Powerbook pelo incontornável Don Camões. Resumindo ... estive em família e sem portátil.
Goste-se, acredite-se, suporte-se, ou não, o Natal, certo é que se trata da festa que mais propicia a reunião familiar, algo que, ao contrário do que talvez fosse de esperar, muito prezo e respeito. Na verdade, adoro o Natal. Não por se configurar, actualmente, como uma época de consumismo exacerbado, o que, curiosamente, muito me desgosta (a verdade é que tenho o resto do ano para ser consumista), mas, antes pelo contrário, por nos permitir estar em convívio com aqueles que nos são mais próximos. Podemos conversar com a família sem estarmos a pensar no julgamento ou na reunião da manhã seguinte e enquanto degustamos uma boa rabanada ou encontrar-mo-nos com os amigos que raramente vemos por imposição de um regime profissional ou social espartano sob o pretexto de "termos uma prenda para lhes entregar".
Enfim, odeio o trânsito, as filas, os aglomerados, o calor insuportável das lojas mas adoro o Natal, especialmente porque, para mim, é exactamente o contrário de tudo isso. Torna-se o meu momento de pausa, que me permite reflectir sobre o ano que finda e o que se avizinha e, ao mesmo tempo, resgatar o Christmas album do Dean Martin ou do Phil Spector e ouvi-los enquanto ponho em dia a conversa com toda a família e vejo o Don Camões atrás das nossas novas e very Dutch "racing nuns".
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